Nos últimos 43 dias, o ex-governador Sérgio Cabral passou por quatro presídios diferentes. Na noite desta quarta-feira, ele foi transferido de volta para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar em Niterói, de onde saiu no último dia 3 de maio após uma vistoria da Vara de Execuções Penais (VEP) identificar regalias na cela, como celulares, anabolizantes, dinheiro e lista de compras em restaurantes na unidade.
No dia 5 de maio, Cabral foi transferido para Bangu 1, onde teria que cumprir isolamento determinado pela VEP. Após um dia no presídio de segurança máxima, o ex-governador foi transferido para custódia no Corpo de Bombeiros, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele foi levado ao 1º Grupamento de Bombeiro Militar, no Humaitá, Zona Sul do Rio.
Inicialmente, Cabral seria transferido para o Grupamento Especial Prisional (GEP) dos Bombeiros, em São Cristóvão, mas a mudança para o Humaitá ocorreu após Leandro Monteiro, comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, elencar ao juiz Bruno Monteiro Ruliere, uma série de problemas que dificultariam o cárcere do ex-governador na unidade prisional. Ao final do documento, ele pede que a a decisão seja cumprida no Humaitá.
Mas, por determinação da juíza Ana Paula Abreu Filgueiras, o ex-governador foi transferido na noite de 23 de maio para o GEP. Em sua decisão, ela afirmou que, após vistoria no GEP, foi constatado que a unidade fica ao lado de duas escolas, sem proximidade de comunidades e com um grande espaço de circulação e estacionamento.
Em mais uma reviravolta, na noite desta quarta-feira (15), Sérgio Cabral deixou o GEP do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, na Zona Norte, e retornou à à Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói. A decisão da volta foi tomada pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ). Os desembargadores determinaram que Cabral fique na unidade até o fim do processo disciplinar aberto pela Polícia Militar que apura as denúncias de regalias, "garantindo-se o contraditório e ampla defesa, inclusive em grau recursal".
Advogados de defesa do ex-governador, Patrícia Proetti, Daniel Bialski e Bruno Borragine emitiram a seguinte nota: ""A corte corrigiu uma arbitrariedade baseada em suposições, jamais em fatos e provas. O ex-governador agora voltará à unidade da Polícia Militar".
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