Mulher é presa por torturar, abusar e manter filhos em ambiente nocivo
Crianças eram mantidas em um apartamento onde foram encontradas fezes e urina de cachorro, restos de alimentos, insetos e lixo espalhado; caso ocorreu no DF
Uma mulher foi presa acusada de abusar, torturar e manter os dois filhos em condições degradantes em sua casa, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, região administrativa do Distrito Federal. Além dela, o ex-namorado, que também participou de alguns dos episódios, foi detido, com os dois sendo alvos de busca e apreensão.
A prisão foi realizada pela operação Ange Garden, feita pela 38ª Delegacia de Polícia, por conta de acusações de maus-tratos, violência doméstica, crimes sexuais e tortura.
Segundo o Metrópoles, as crianças teriam 6 e 4 anos, mas os crimes ocorreriam desde o ano passado, quando equipes da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri) constataram a situação das vítimas durante o cumprimento de mandatos de buscas envolvendo outra investigação.
A mulher, que tem 26 anos, e o ex-namorado, de 32, já terminaram o relacionamento. Segundo as investigações, as crianças eram mantidas em um apartamento, onde foram encontradas fezes e urina de cachorro, restos de alimentos, insetos e lixo espalhado.
Devido à falta de cuidados e ao estado da casa, as duas crianças tinham piolhos e até carrapatos. Além disso, os irmãos também sofriam agressões com toalhas molhadas em suas partes íntimas, surras com cabo de vassouras, insultos verbais e ameaças.
As crianças, agora, estão sob a guarda dos avós paternos, para quem detalharam a rotina. O filho contou ter sido abusado sexualmente pelo namorado da mãe, além de ter de presenciar a mãe mantendo relações sexuais com outros homens. Já a filha relatou para a avó ter sofrido abusos sexuais cometidos pelo namorado de sua mãe. Elas contaram, também, que presenciaram a mãe exibindo as partes íntimas na internet em troca de dinheiro.
As duas crianças prestaram um depoimento especial, tomado na Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), confirmando os fatos, como abusos físicos, verbais e sexuais. O menino de seis anos foi encaminhado ao IML, onde foi atestado que ele sofreu lesões contusas, em razão de atos de violência física experimentada.
Mãe e ex-padrasto, que não têm mais relações, foram indiciados pelos crimes de violência doméstica, maus-tratos, abandono material, estupro de vulnerável, e satisfação de lascívia mediante presença de criança.
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