Raquel Antunes: polícia apura imperícia, imprudência ou negligência
Fato ocorreu com alegoria da Em Cima da Hora, na saída do desfile da Série Ouro na Sapucaí
A delegada Maria Aparecida Mallet, da 6ª DP (Cidade Nova), responsável pela investigação da morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos , disse nesta terça-feira que apura se alguma ação de imprudência, negligência ou imperícia teria causado o acidente, ocorrido na noite da última quarta-feira, nas proximidades do Sambódromo, no Centro do Rio.
A criança não resistiu após ter o corpo prensado entre um carro alegórico e um poste por um carro alegórico . Pelo menos cinco pessoas foram ouvidas no inquérito, aberto para apurar crime de homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.
Entre os que já prestaram depoimento estão Marcela Portelinha, mãe de Raquel Antunes, e o motorista de um guincho que rebocava o carro alegórico, no momento em que o fato ocorreu.
Nesta terça-feira, está previsto o depoimento de um representante da escola de samba Em Cima da Hora, proprietária da alegoria que prensou a criança contra o poste. O acidente ocorreu após o fim do desfile da agremiação, na primeira noite da Série Ouro.
"Temos que apurar tudo e demarcar responsabilidades. Ainda estamos elaborando o densamento das provas. O inquérito tem 30 dias para ser concluído. Estamos apurando se houve negligência, imprudência ou imperícia", disse a delegada.
Maria Aparecida Mallet disse ainda que aguarda o resultado de dois laudos periciais que poderão ajudar na conclusão do caso: um de exame cadavérico e o outro referente à perícia feita no local do acidente.
Raquel estava em cima de um carro alegórico quando o veículo se movimentou e a imprensou contra um poste na altura da Rua Frei Caneca. Ela ainda foi socorrida e levada para o Hospital municipal Souza Aguiar, onde teve uma perna amputada. Na última sexta-feira, a criança não resistiu aos ferimentos e morreu.