Chuvas no RJ: prefeito de Angra pede desligamento de usinas nucleares

"Estamos ilhados aqui", afirmou Fernando Jordão

Prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (à direita), acompanha os trabalhos de resgate no município
Foto: Reprodução/Instagram - 03.04.2022
Prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (à direita), acompanha os trabalhos de resgate no município

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, disse que pediu ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, o desligamento das usinas nucleares instaladas na cidade. O motivo são as fortes chuvas que caem desde quinta-feira (31) e que interditaram pontos das principais estradas de acesso ao município, como a RJ-155 e a Rio-Santos.

"Estamos com as estradas fechadas, estamos ilhados. Sou um defensor da matriz nuclear e temos plano de emergência, mas como a gente faz o plano sem estrada? Não dá. Por isso estou pedindo o desligamento das usinas nucleares. Já me comuniquei com o ministro Marcelo Sampaio", afirmou Jordão, que está na companhia do governador Cláudio Castro na manhã deste domingo (3). "O governador acaba de chegar aqui, vamos sobrevoar as regiões de Monsuaba e Ilha Grande, onde ainda há desaparecidos", continuou.

Ainda no sábado (2), a estatal Eletronuclear havia informado que as usinas nucleares Angra 1 e 2 seguiam operando normalmente, com capacidade total, não tendo sido afetadas pelas fortes chuvas que caem na  Costa Verde desde quinta-feira.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há pelo menos dez pontos de interdição, total ou parcial, na Rio-Santos, por causa de deslizamentos de terra e alagamentos. Sete máquinas retroescavadeiras fazem trabalhos de desobstrução na altura dos quilômetros 447 e 466. Na RJ-155, a interdição é no túnel, com passagem liberada na Serra que liga Paraty a Cunha e na Serra do Piloto.