Novo secretário de Cultura esteve em Nova York com Mário Frias
Advogado acompanhou o ex-chefe em viagem aos EUA que custou R$ 78 mil aos cofres públicos
Hélio Ferraz de Oliveira, o novo secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro , foi o companheiro de viagem de Mario Frias em polêmica ida a Nova York, no fim de 2020.
Realizada entre os dias 14 e 19 de dezembro, a viagem — que custou R$ 78 mil aos cofres públicos — foi destinada a discutir uma produção audiovisual com o lutador de jiu-jítsu brasileiro Renzo Gracie, segundo informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim. Na ocasião, como consta na agenda divulgada pelo Ministério do Turismo, Mario Frias e Hélio Ferraz também se reuniram com Simone Genatt e Marc Routh, produtores da Broadway, e com Bruno Garcia, dono de uma agência de turismo.
O Ministério Público abriu investigação para apurar os custos da viagem. Em representação encaminhada à corte de contas, o subprocurador do MP Lucas Rocha Furtado classificou como "extravagante" a viagem do secretário e defendeu que o caso afronta "o princípio da moralidade administrativa".
Em texto publicado no Instagram, Hélio Ferraz de Oliveira se defendeu das acusações. "Tenho orgulho do que construímos até aqui, e do futuro que estou construindo para meus filhos e para os filhos dos Brasileiros de bem", escreveu, à época em que o caso veio à tona.
"Na viagem em questão fizemos importantes tratativas para construção de polo de formação de atores em musicais, discutimos pautas do audiovisual e falamos sobre projetos incríveis que passam entre esporte e cultura em favor das crianças menos favorecidas", justificou Hélio, acrescentando que os detalhes da viagem estavam disponibilizados ao público. No site da Secretaria Especial de Cultura, onde as informações deveriam ser esmiuçadas, não há uma linha sobre o assunto, no entanto.
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