Quadrilha acusada de lavar dinheiro do tráfico tem 107 'laranjas'
Esquema tinha laranjas da Baixada a Ipanema movimentando recursos de origem ilícita; chefes do bando estão foragidos
O superesquema montado pela quadrilha chefiada por um casal de empresários acusado de lavar dinheiro da milícia e do tráfico de drogas da principal organização criminosa do Rio contava com, pelo menos, 107 laranjas.
A informação consta em relatório de inteligência da Delegacia de Combate à Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, obtido com exclusividade pelo GLOBO. Entre os nomes investigados na Operação Mercador de Ilusões, desencadeada na última quarta-feira, há quem more em apartamento de classe média alta, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, e gente que vive em um casebre em rua de chão de terra batida, em Guaratiba, na Zona Oeste.
Além dos oito alvos que tiveram a prisão decretada pela Justiça, a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) investigam outros laranjas e dezenas de empresas que estariam envolvidas no esquema chefiado por Marcelo Clayton Alves de Sousa e Naly Pires Diniz, que estão foragidos.
De acordo com o relatório da polícia, a quadrilha movimentou mais de R$ 3 bilhões em três anos. O primeiro depósito bancário, em espécie, que deu origem às investigações ocorreu em outubro de 2019, num banco em São Gonçalo.
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