Caso Henry: Monique pede prisão domiciliar após sofrer ameaça

Em petição, Hugo Novais e Thiago Minagé afirmam que flagraram homem repassando informações e alegam falta de segurança na cadeia

Caso Henry: Monique pede prisão domiciliar após sofrer ameaça
Foto: Reprodução
Caso Henry: Monique pede prisão domiciliar após sofrer ameaça

Em uma nova petição à juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri,  Monique Medeiros da Costa e Silva alega falta de segurança no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e pede a conversão da prisão preventiva em domiciliar.

No documento, os advogados Hugo Novais e Thiago Minagé contam que flagraram, na última sexta-feira, dia 14, um advogado no parlatório da unidade prisional repassando informações sobre o processo pelo qual a professora e seu ex-namorado, Jairo Souza Santos Júnior, respondem por torturar e matar Henry Borel Medeiros, a outra detenta.

Segundo eles, a mulher seria ligada à advogada Flávia Fróes, contratada pela família do ex-parlamentar para fazer uma investigação paralela do caso e que teria, segundo Monique, a ameaçado dentro Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica.

De acordo com a petição, um advogado chamado Fabio estava conversou, no Santo Expedito, com uma detenta, identificada como Elker Cristina, e lhe mostrou documentos assinados por Hugo e Thiago na ação em que Monique e Jairinho são réus. A situação teria sido presenciada por Hugo, que acionou a subdiretora da penitenciária e protocolou uma nova petição.

De acordo com a petição, um advogado chamado Fabio estava conversou, no Santo Expedito, com uma detenta, identificada como Elker Cristina, e lhe mostrou documentos assinados por Hugo e Thiago na ação em que Monique e Jairinho são réus. A situação teria sido presenciada por Hugo, que acionou a subdiretora da penitenciária e protocolou uma nova petição.

Ao Globo, a advogada Flávia Fróes negou que tenha feito ameaças a Monique informou que o episódio narrada pelos advogados na petição é “mais uma ilação”, com nítido propósito de se “formar um escândalo” para se “buscar uma prisão domiciliar”.

Ela, que defende traficantes da maior facção criminosa do Rio, foi contratada pelo pai de Jairinho, o deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, para rebater as provas técnicas do processo, no segundo semestre do ano passado. Ela não está nomeada no processo — oficialmente, o advogado do ex-parlamentar é Braz Sant’Anna.

Horas antes, Elizabeth Machado Louro já havia determinado a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) que proibisse visitas a Monique por pessoas que não fossem seus advogados constituídos no processo e familiares cadastrados. A magistrada ainda oficiou a pasta solicitando acesso ao livro de acesso à unidade prisional e ainda imagens de câmaras de segurança, além de questionar o motivo da transferência da professora.


Procurada, a Seap confirmou a visita de Flávia Fróes a Monique e destacou que “não existe determinação judicial que impeça o exercício da advocacia em atendimento a interna citada ou que limite o atendimento aos advogados inscritos no processo”.

Sobre a transferência, a Seap informou que, desde 3 de janeiro, o Oscar Stevenson mudou o perfil de atendimento e houve a necessidade de realocação das presas provisórias que possuem nível superior de ensino no Santo Expedito, para onde foram transferidas sete detentas, inclusive Monique.