Antes de matar filhos, mãe falou com o pai das crianças sobre o crime
As crianças, de 3 e 6 anos, foram mortos a golpes de faca por Stephani Ferreira Peixoto, de 36 anos, na última segunda-feira (10)
Antes de matar os filhos Leonardo Ferreira da Silva, de 6 anos, e de Arthur Moisés Ferreira da Silva, de 3, a dona de casa Stephani Ferreira Peixoto, de 36 anos, mandou um áudio para o pai anunciando que cometeria o crime e iria se matar. O áudio foi repassado para a Polícia Civil pelo pai da suspeita, que prestou longo depoimento, ontem, na delegacia de Guapimirim, que investiga o caso.
Após matar as crianças, Stephani teria continuado em contato com o pai informando que iria tirar sua vida em seguida. Ela chegou a tentar o suicídio, mas familiares chegaram na residência e ela foi levada para o Hospital Municipal José Rabello de Mello, onde foi socorrida.
Responsável pela investigação, o delegado Antônio Silvino Teixeira informou que iria ouvir os áudios antes de delegar os próximos passos na apuração do caso.
"Recebemos essa informação do áudio no depoimento do pai da Stephani hoje (ontem) e vamos ouvir com calma para seguir com a apuração. A partir daí vamos ver os próximos passos na investigação", disse.
O depoimento do pai de Stephani também confirmou uma hipótese investigada pela polícia de que o casal teve uma briga na sexta-feira anterior ao crime. Os policiais já haviam colhido a informação com vizinhos da família, e o depoimento confirmou o ocorrido.
Após a briga, Stephani entrou em contato com o pai para falar do ocorrido, mas não teria dito se houve troca de agressões entre o casal.
"Realmente houve uma briga. Nós já tínhamos essa informação que os policiais colheram com vizinhos. Os depoimentos de hoje tinham o objetivo de apurar essa história e a confirmação veio com o pai da Stephani", afirmou Teixeira.
Stephani permanece em unidade médica
Transferida na terça-feira para o Complexo do Gericinó, Stephani deu entrada no Pronto Socorro Geral Hamilton Agostinho e não tem previsão de transferência para uma unidade prisional. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que a medida é comum para internos oriundos de hospitais com doenças ou problemas psiquiátricos.
Nos próximos dias, ela deve passar por novas avaliações médicas que definirão onde a mesma ficará sob custódia.