Festa de Réveillon: Castro confirma queima de fogos no Rio de Janeiro
A festa, que contaria com shows, foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Eventos privados seguem permitidos com regras a cargo de municípios
O governador do Rio, Claudio Castro (PL), confirmou que a capital terá queima de fogos em Copacabana, na Zona Sul, e em outros pontos da cidade, apesar do cancelamento da festa com shows. As festas privadas estão permitidas e cada município vai estipular as suas regras sanitárias para realização. De acordo com Castro, o estacionamento na orla será proibido, como forma de impedir aglomerações. Os transportes também não terão esquema especial de funcionamento na noite do dia 31, como forma de evitar o fluxo de pessoas para as áreas em que acontecerão os shows pirotécnicos.
"Ontem, eu e o prefeito Eduardo Paes conversamos melhor sobre o tema. Achamos razoável o pedido pela exibição de fogos de artifício, mas concordamos com o temos em relação à variante Omicron da Covid-19. Proibição de estacionamento. Ainda definiremos como os transportes serão restritos nesses dias, mas já sabemos que não será permitido o estacionamento da orla. Essas medidas serão conversadas e alinhadas pelos comitês científicos estadual e municipal, além de secretários envolvidos nessa operação logística", afirmou.
Em uma postagem no seu perfil no Twitter na noite desta segunda-feira, dia 6, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou que esteve com o governador Claudio Castro e pediu que ele leve ao comitê científico uma demanda para que a festa de réveillon tenha queima de fogos em Copacabana e em alguns outros pontos da cidade.
Conversas entre comitês
"Estive agora à noite com o governador Claudio Castro. Pedi que levasse a seu comitê científico a possibilidade de realizarmos ao menos os fogos em Copacabana e em alguns pontos centrais da cidade. @danielsoranz irá conduzir as negociações acerca do que é possível ser feito", escreveu o prefeito.
Na manhã do último sábado, na sua conta de Twitter, Paes havia informado que o Rio não teria festa de réveillon este ano na Praia de Copacabana e em outros pontos da cidade, como tradicionalmente ocorre. Segundo ele, entre a decisão dos comitês científicos municipal e estadual, vai valer sempre a mais restritiva.
"O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio", escreveu ele na rede social, destacando uma matéria publicada pelo jornal "Extra" com especialistas.
No sábado, Paes afirmou na postagem que vinha conversando com o governador Claudio Castro e que a recomendação de cancelamento não era o que ele vinha lhe passando até então. Ele ressaltou que está acatando a decisão estadual. Segundo a Riotur, a festa ainda não tinha patrocínio oficial para este ano.
Horas após Paes anunciar o cancelamento da festa de réveillon, Castro disse que a decisão final das autoridades sobre o tema será comunicada esta semana, após uma reunião entre os chefes do Executivo municipal e estadual. Também participarão do encontro membros dos comitês científicos da capital e do estado.
"Falei há pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre as festas do réveillon. Nesse encontro, participarão técnicos da saúde do Estado e do município", escreveu Castro no Twitter por volta das 13h do último sábado.