Líder dos caminhoneiros dispara contra governo Bolsonaro: 'São negacionistas'
Segundo Chorão, um dos objetivos da greve prevista para o dia 1º de novembro é a 'sobrevivência' da categoria
Uma das principais lideranças da greve dos caminhoneiros em 2018, Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, afirma que a atual situação está pior do que no governo Michel Temer, e acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não se importar com as reivindicações propostas pela categoria.
Landim, que é o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), diz que um dos objetivos da greve prevista para o dia 1º de novembro é a luta contra o aumento no valor dos combustíveis nas refinarias e o "negacionismo" do governo.
“Fazemos reivindicações da categoria há três anos, e o governo não fez nada. A categoria está no limite”, disse Chorão, em entrevista ao site ‘Metrópoles’, neste domingo (17).
“[Vamos] lutar pela nossa sobrevivência, porque temos a informação de que a gasolina ia subir mais 8% até dezembro. Eles [o governo] não estão preocupados com o trabalhador, são negacionistas”, completou.
Na quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que muda o cálculo da tributação a fim de se alcançar uma redução nos preços dos combustíveis.
A proposta, que agora corre no Senado, prevê que o tributo seja aplicado em cada estado sobre o valor médio dos últimos dois anos para baratear o preço da gasolina.
Atualmente, esse imposto aplicado nos combustíveis tem como referência o preço médio da gasolina, do diesel e do etanol nos 15 dias anteriores em cada estado. Isso significa que, a cada 15 dias, o preço é revisto de acordo com pesquisa de preços nos postos. Sobre esse valor, são aplicadas as taxas de cada combustível. Segundo Chorão, no entanto, a resolução é ineficiente.
“A proposta que está sendo feita pelo governo é nada mais do que transferência de responsabilidade para os governadores. Não vai adiantar a longo prazo”, contou.