Em Aparecida, Arcebispo diz que "pátria amada não pode ser pátria armada"

Dom Orlando Brandes celebrou a principal missa do Santuário Nacional o Dia de Nossa Senhora Aparecida

Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Agência O Globo
Celebração em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida no Santuário Nacional

Ainda sem a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que deve visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecido neste dia da padroeira, o arcebispo da Basílica, dom Orlando Brandes, afirmou que o Brasil "para ser pátria amada não pode ser pátria armada".

A frase foi dita durante a principal missa do dia, iniciada às 9h.

"Hoje é o Dia das Crianças. Vamos abraçar os nossos pobres e tambem nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada", disse


No discurso, o religioso também fez críticas ao consumismo, e ao que chamou de "criança fuzil", em referência às recentes fotos divulgadas pelo presidente com crianças segurando armas.

"Pátria amada não é transformar crianças inocentes em crianças fuzil. Pátria amada não é transformar a criança em consumista. As crianças precisam de outras armas, da oração, da obediência, da convivência com seus irmãos", afirmou.

"Só vamos vencer com a força do espírito. A nossa maior arma é a penitência, a oração, o pedir perdão e ser um bom cristão", concluiu.

Na homilia, o religioso falou ainda contra as fake news, defendeu a vacinação e o desarmamento.

"E para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria, uma república sem mentiras e sem fake news, sem corrupção. É pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira".