Sistema Cantareira opera com um dos menores volumes operacionais da história

Atualmente com 29,5% do volume operacional, sistema passou a operar em 'faixa de transição'; trata-se do menor número desde março de 2016, quando o sistema registrou 30,2% da capacidade para utilização.

Pior nível da história

De acordo com dados da Sabesp, no dia 02 de fevereiro de 2015, o sistema Cantareira chegou a operar com -24,3% de sua capacidade. Isso ocorre porque o índice mede a quantidade de volume estocado que pode ser retirado sem bombeamento. Neste caso, a água retirada encontrava-se na 'reserva técnica', popularmente como 'volume morto'.

Reprodução/Governo Federal

Falta de chuvas

O longo período de estiagem acelerou este processo. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) previa que o Cantareira chegaria a níveis menores que 30% apenas no final deste ano.

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Melhor apenas que em dois períodos

Em apenas duas faixas históricas o sistema Cantareira registrou um nível de água pior que o atual: de 25/07/2003 a 31/08/2004; e de 19/12/2013 a 08/03/2016. Em ambas, o tempo de recuperação levou mais de um ano.

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Faixa de Restrição

Por operar com uma capacidade abaixo de 30%, a Sabesp terá de diminuir a sua extração de água do sistema e apenas 23 mil litros d'água por segundo poderão ser retirados do sistema.

DIVULGAÇÃO / SABESP

Sabesp garante "normalidade"

Em nota, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reitera que "não há risco de desabastecimento neste momento", afirma que a situação será reavaliada após as "perspectivas de chuvas do final da primavera e início do verão" e finaliza dizendo que "a queda no nível das represas é normal nesta época do ano".

Fernanda Capelli