Manifestantes protestam contra Bolsonaro, preço do gás e alta da inflação em SP
Manifestantes e políticos culparam Bolsonaro pela crise econômica do país; Ciro Gomes foi vaiado e homem tentou agredi-lo
Manifestantes se concentraram neste sábado (02) na Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e protestar contra o preço do gás, combustíveis e a alta inflacionária. Os protestos, que contam com apoio de partidos, como PT, PDT e PSOL, se concentram próximo ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
A reunião começou por volta de 13h e deve contar com a participação de políticos e personalidades. O pré-candidato a presidência, Ciro Gomes, a deputada Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e Guilherme Boulos devem discursar no evento.
Durante os protestos, um botijão gás foi inflado em meio à avenida para protestar contra o aumento do GLP. O produto custa em média R$ 98 no estado de São Paulo, um dos maiores valores praticados no país.
Tá bonita a presença da turma boa do Ciro na Paulista! #2OutForaBolsonaro #CiroNasRuas pic.twitter.com/7WGaj2wxiT
— Ciro Gomes (@cirogomes) October 2, 2021
São Paulo tá começando. União pelo #ForaBolsonaro . #2OutForaBolsonaro 🇧🇷 🇻🇳 pic.twitter.com/pWSyjWOunJ
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) October 2, 2021
A concentração na Avenida Paulista só aumenta, daremos o nosso recado em alto e bom som: impeachment já! #2OutForaBolsonaro pic.twitter.com/jy23adDLUV
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) October 2, 2021
Os manifestantes também inflaram um pacote de arroz, em que culpam o ministro da Economia, Paulo Guedes pelo reajuste no preço dos alimentos. A inflação do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), está próximo de atingir 10% nos últimos 12 meses.
O pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), atacou a carta feita por Bolsonaro, com ajuda do ex-presidente Michel Temer, e afirmou não ser hora de recuar após a divulgação do documento. Boulos ainda criticou a inflação do país e a gestão do Palácio do Planalto em meio à pandemia.
"As diferenças que temos hoje são menores do que a nossa união para tirar o genocida Bolsonaro. O Brasil não aguenta mais 500 dias de genocídio, de fome, de Bolsonaro", afirmou.
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, pressionou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), em aceitar um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. Lira já arquivou mais 100 pedidos de processo contra o presidente.
"Não queremos mais Bolsonaro governando esse país. Para tirar Bolsonaro com o impeachment precisamos pressionar a Câmara, o Lira, os partidos, as pessoas que querem Bolsonaro fora. Sentiram que ele recuou né? Acabou recuando por medo. Medo dos processos no Senado e na Câmara dos Deputados. A natureza do Bolsonaro é golpista, fascista. Por isso a importância desses nossos atos hoje em todo o Brasil. Bolsonaro trouxe a fome de volta ao Brasil, a inflação", disse Gleisi.
Ao discursar na Avenida Paulista, Ciro Gomes foi vaiado pelos manifestantes e houve tumulto após sua saída do carro de som. Um homem tentou agredir o pré-candidato à presidência, mas a segurança impediu.
Embora ainda não tenha informações oficiais, organizadores acreditam que 250 mil pessoas participaram das manifestações. Protestos contra Bolsonaro também foram registrados em outras 70 cidades, como Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.