Entenda por que a ponte Rio-Niterói é fechada em dias de ventos fortes

Um sistema desenvolvido por engenheiros da Coppe/UFRJ é responsável por amenizar a movimentação da ponte durante ventanias

Foto: Alexandre Macieira/Riotur
Ponte Rio-Niterói

Durante a tarde de ontem (21),  fortes ventos atingiram o estado do Rio de Janeiro provocando queda de árvores, fios, desabamento de estruturas e fechamento da ponte Rio-Niterói. 

Por questões de segurança, a passagem é interditada quando os ventos são muito fortes, passando de 80km/h. Isso acontece devido a um conjunto de molas que foi instalado na construção em 2004. Elas foram colocadas para acabar com o movimento da ponte quando os ventos são iguais ou superiores a 60km/h.

Os 32 equipamentos funcionam como um sistema amortecedor, responsável por estabilizar a construção. Sempre que o vento direciona a ponte para uma direção, a mola é responsável para direcionar a estrutura para o lado oposto. 

O projeto foi desenvolvido pela Coppe UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro). 

Em publicação no Instagram, a concessionária Ecoponte explica que antes da instalação das molas a ponte se movimentava quando o vento superava os 55 km/h. Como o sistema miniza a ação do vento, a passagem só entra em estado de alerta quando a velocidade fica entre 60km/h e 70km/h.


Somente quando a força do vento supera os 80km/h é necessário o fechamento da ponte, assim como foi visto durante a ventania na tarde de ontem (21). O Rio de Janeiro retornou para o estado de normalidade nesta quarta-feira.