CUT afirma que não vai participar de atos contra Bolsonaro organizados pelo MBL
A Central Única dos Trabalhadores negou comparecimento pelo fato das manifestações estarem sendo organizadas por grupo de direita
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou, nesta quarta-feira (08), uma nota à imprensa dizendo que "não participará, não convocará e não faz parte da organização" de atos anunciados para o próximo dia 12 de setembro em defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) .
A justificativa dada pela Central é pelo fato da manifestação ter sido organizada por grupos de direita. "Este ato foi convocado por grupos de direita, como MBL e Vem Pra Rua, que contribuíram com o golpe de 2016, que foi contra o Brasil e os brasileiros, e que culminou com a eleição de Jair Bolsonaro", declarou.
Apesar da convocação ter partido da direita, quatro das maiores centrais sindicais do Brasil — Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central — decidiram confirmar presença pelos liberais. O diretório do PDT em São Paulo também optou por participar do ato.
No ponto de vista da CUT, foi a saída de Dilma do posto de presidente, "que foi contra o Brasil e os brasileiros", que levou Bolsonaro ao poder. "Desde então, além das crises social, econômica e sanitária, a classe trabalhadora vem sofrendo uma série de ataques contra seus direitos", afirmou.
Nesta quarta-feira (08), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu as manifestações contra Jair Bolsonaro e afirmou que o ato não é somente sobre questões políticas, mas sobre defender a Constituição, a liberdade e a democracia.