Promotor alega que PCC desenvolveu 'treinamento de guerra' ao 'novo cangaço'

Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do Ministério Público de Presidente Prudente, afirma que as diversas quadrilhas que assaltaram bancos ao redor do país possuem métodos similares e foram treinadas pelo Primeiro Comando da Capital

Foto: Reprodução
Promotor alega que PCC desenvolveu 'treinamento de guerra' ao 'novo cangaço'

Desde o início da pandemia, as cidades de Araçatuba e Araraquara, em São Paulo; Criciúma, em Santa Catarina; e Cametá, no Pará, foram vítimas de grandes assaltos a bancos . Em todos, chamam a atenção os métodos similares utilizados para entrar no município, realizar o crime e sair do local. De acordo com Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do Ministério Público de Presidente Prudente, é possível afirmar que o Primeiro Comando da Capital (PCC) forneça cursos de treinamentos militares e armamentos para a realização deste novo tipo de crime chamado de "novo cangaço". As informações são do jornalista Josmar Jozino.

Atualmente, Gakiya é um dos maiores especialistas no combate às ações do PCC. Ele diz que não há evidências de que os assaltos tenham acontecido por determinação do grupo criminoso. A influência do PCC estaria no seu conhecimento na fabricação de bombas e explosivos.

Chamados de "explosivistas", os assaltantes passariam por um treinamento que ensinaria a manipular explosivos de última geração, inclusive com o acionameno à distância através de celulares ou controle remoto.

Os conhecimentos transmitidos pelo PCC aos 'novos cangaceiros' teriam sido repassados através de treinamentos realizados com mercenários das Forças Armadas da Bolívia e Paraguai.


Segundo o promotor, dois ladrões presos que possuem relação com o assalto em Araçatuba integram o PCC de Brasília - onde a alta cúpula do grupo está detida. A Justiça do Distrito Federal já havia impetrado previamente mandados de prisão contra ambos. O assaltante que morreu durante a ação criminosa era integrante do PCC de São Paulo.