Sérgio Camargo responde acusações de assédio e perseguição com mais ofensas

Alvo do Ministério Público do Trabalho, presidente da Fundação Palmares pede para que 'afromimizentos voltem para a senzala da esquerda'

Foto: Renato Costa/FramePhoto/Folhapress
Sérgio Camargo responde acusações de assédio e perseguição com mais ofensas

Sérgio Camargo,  presidente da Fundação Palmares, respondeu as acusações de assédio, perseguição ideológica e discriminação — movidas contra ele por 16 servidores e ex-funcionários do órgão — com uma série de ofensas publicadas na internet.

Como revelou o "Fantástico" na noite do último domingo, o  Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um pedido na Justiça para afastar o presidente da Fundação Palmares. O MPT também exige que Camargo pague R$ 200 mil por danos morais aos funcionários, que revelam uma rotina de humilhações e terror psicológico dentro da instituição.

Desde que a reportagem da TV Globo foi veiculada, Sérgio Camargo tem publicado ofensas e textos discriminatórios no Twitter. Da noite de domingo até a manhã desta segunda-feira (30/8), já foram 28 publicações no microblog, a maior parte delas atacando os movimentos negros, classificados por ele como "afromimizentos".

"Invasão massiva de afromimizentos na minha TL. Voltem para a senzala de esquerda, inúteis! Levarão block sempre que detectados", escreveu Camargo ao responder usuários que o criticaram na rede social.

Diante dos comentários negativos em sua página, o presidente da Fundação Palmares afirmou que ouviria sonatas de Franz Schubert e "um pouco de Bach" enquanto bloqueava a "esquerdalha" de sua conta na rede social.

"A matéria do corrupto e desonesto Fantástico, ironicamente, me fortalece, disso não tenho dúvida! São racistas e gostam de pretos na sua coleira. Comigo, não!", escreveu ele, nesta manhã, atacando a TV Globo.