Advogado nega ter participado de jantar com Pazuello em negociação com Precisa
Em comunicado enviado ao iG, Marcos Tolentino disse que a afirmação feita é inverídica e que motivou uma queixa-crime por calúnia, injúria e difamação
O advogado Marcos Tolentino nega ter participado de um suposto jantar com Eduardo Pazuello. Segundo publicação da revista Piauí, o evento teria acontecido em 28 de maio de 2020 e tinha como objetivo apresentar o ministro da Saúde à Precisa Medicamentos.
Em nota enviada ao iG, Tolentino informou que o que ele chama de "falsa notícia" motivou uma queixa-crime por calúnia, injúria e difamação. "Além de tratar-se de informação inverídica, visto que jamais ocorreu o aludido jantar, a afirmação atinge diretamente a minha honra", escreveu o advogado ao senador Tasso Jereissati.
O suposto jantar voltou a ser assunto na CPI da Covid no último dia 19, sendo citado por Jereissati. Foi então que Tolentino encaminhou uma carta com esclarecimentos ao parlamentar. "Muito provavelmente induzido pelas falsidades da matéria jornalística, Jereissati repetiu a fake news, ou seja, a ocorrência fantasiosa de um evento (jantar com empresários e autoridade pública) onde se insinua a tratativa de negociações nebulosas", afirmou ao iG.
Também na sessão do último dia 19, Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, disse que conhecia Tolentino, mas que não tinha relações com o advogado. Ao ser questionado sobre os aluguéis não pagos de uma cobertura localizada em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, ele disse ser o fiador do imóvel -- mas Randolfe mostrou o processo onde Maximiano aparece como locatário.
Também na sessão, foi dito que Tolentino teria autorização para entrada no imóvel. Ao iG, o advogado afirmou que "na realidade o imóvel foi alugado por Maximiano e cedido a um dos diretores empresa dele. Como o aluguel não vinha sendo honrado, o locador ingressou com uma ação de despejo contra Maximiano. Como advogado, Marcos Tolentino passou a defender Maximiano na ação de despejo e, por isso, recebeu autorização para ingressar no imóvel".
"A partir da ação de despejo, tendo eu obtido uma autorização para ingressar no imóvel, estive lá em raras oportunidades, por ocasião da atuaçao do meu escritório jurídico na causa", afirma Tolentino.
Marcos Tolentino ainda pede que Jereissati reconsidere as afirmações que fez durante a CPI. Tolentino diz que elas atingem sua honra e que "contribuem para a propagação de fake news e o embaraço das investigações da Comisão Parlamentar de Inquérito."