Homem mata a mãe em busca de herança e vida de luxo no Guarujá
Ministério Público sustenta versão de que rapaz pressionava a mãe para alugar ou vender a casa onde moravam para cursar medicina e ter os seus pedidos luxuosos atendidos
Com a resolução final do inquérito policial sobre o crime praticado no Guarujá por Bruno Eustáquio Vieira, de 23 anos, contra Márcia Lanzane, de 44 anos, o Ministério Público passou a sustentar a hipótese de que o principal suspeito assassinou sua mãe por interesse nos bens e na sua possível herança.
Foram oito testemunhas ouvidas pela polícia - entre amigos e familiares. Todos apontavam para um fato em comum: Bruno passou a viver com um padrão de vida com muito luxo, o que seria conflitante com a sua realidade, e passou a discutir frequentemente com a mãe.
De acordo com os relatos, o rapaz mudou seu comportamento após se interessar em cursar medicina, o que o levou a passar mais tempo com pessoas de maior poder aquisitivo. Com isso, aumentaram seus desejos de sair para locais de maior status social.
A moradia também foi motivo de briga entre Bruno e sua mãe. O jovem constantemente alegava que a casa onde moravam lhe causava "vergonha" e que por isso deveriam vendê-la para morar em outro bairro.
A conclusão da Polícia Civil foi a de que o rapaz cometeu um crime por motivo torpe e o indiciou por homicídio doloso - quando há intenção de matar. A defesa nega a acusação e diz que "não há nenhum documento nesse sentido - de interesse na herança
- no processo. O Bruno nega veementemente essa hipótese. O único bem que a mãe possuía era a casa e um carro."