Áreas indígenas atacadas por garimpeiros podem receber reforços

Pedido foi realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) em relação a região de Jacareanga fica a 1.706 km de distância de Belém

Foto: Reprodução
Na semana, a área foi incendiada por criminosos

Ministério Público Federal (MPF) entrou com um pedido de reforço na segurança nas áreas indígenas atacadas por garimpeiros na região de Jacareacanga, a 1.706 km de Belém. As informações são do portal Uol.

Durante a semana, a líder Munduruku Maria Leusa Kaba foi alvo de ataques e teve a sua casa incendiada na aldeia Fazenda Tapajós. Objetivo dos ataques criminosos seria intimidar o povo nativo, que são contrários às práticas do garimpo.

O Estado de S.Paulo revelou conversas entre Valba Kaba (Republicanos), vice-prefeito de Jacareacanga, e garimpeiros locais.

"Agora é que é o momento. É combinar tudo. Esses restaurantes, comerciantes? Fechar tudo. Eles não vão aguentar sem comer. A articulação é essa daí, comerciante, mototáxi, barqueiro. Agora é que é a hora do movimento, entendeu", diz o político.


A resposta veio de outro membro da exploração local. "Eu topo isso, Valmar. Se o pessoal concordar, chegou a hora de nós fazermos o movimento agora. Cadê os guerreiros, que vão para o movimento? Cadê os chefes dos guerreiros, também? Tem que se unir. Comigo não tem frescura, não, Valmar. Eu não tenho medo, eu topo mesmo. Chegou a hora de nós fazermos isso. Nós temos que fechar os comércios todos. Temos que nós unir para ir pra lar pro aeroporto."

O vice-prefeito não retornou os contatos realizados pela reportagem.