PF alega que Meio Ambiente favoreceu contrabando de madeira; leia decisão do STF

Órgão de fiscalização afirma que há "grave esquema de facilitação" no contrabando de madeiras durante a gestão de Ricardo Salles; Ministro teve seus sigilos fiscais e bancários quebrados

Foto: Reprodução
Ministro sugeriu 'passar boiada' durante reunião ministerial de 22 de abril de 2020

Polícia Federal (PF) apontou, em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ministério do Meio Ambiente favorecia empresários envolvidos em esquemas de contrabando de madeiras. As informações são do jornalisa Robson Bonin.

A decisão autorizada por Moraes possui 63 páginas e revela que órgão se baseou na declaração de Ricardo Salles para "passar a boiada" para inicia as investigações. No trecho descrito, o ministro afirmou que "nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. […] Não precisamos de congresso."

É apontado pela Polícia Federal que o ministério do Meio Ambiente possui um "grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais o qual teria o envolvimento de autoridade com prerrogativa de foro nessa Suprema Corte, no caso, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo."

O relatório alega que é "evidente que o interesse privado de alguns poucos empresários reincidentes na prática de infrações ambientais como demonstraremos mais adiante, foi colocado à frente do interesse público."


A decisão sobre o ministério do Meio Ambiente pode ser lida aqui .