Caso Lorenza: autoridades acreditam que falta de sangue é resultado de um ritual
Vítima foi morta no dia 2 de abril
Em Minas Gerais , o Ministério Público declara ter comprovações de que o acusado, o promotor André Luiz Gardia Pinho tenha agido sozinho para matar sua esposa, Lorenza Pinho, de 41 anos, morta no dia 2 de abril. As informações foram apuradas pelo Uol.
De acordo com a TV Globo Minas, investigadores teriam justificado a falta de sangue no corpo da vítima como parte de um ritual “macabro”. Com o resultado da necropsia da vítima, foi revelado pelo ‘Fantástico’, no último domingo (16), que havia muito pouco sangue em seu corpo . "[Havia] muito pouco sangue, menos do que esperaria encontrar em cadáver normal", declarou o médico legista, Marcelo Mari de Castro.
Conforme conta o médico legista, apenas 1 litro de sangue foi constatado no corpo da vítima em condições saudáveis, porém, o estimado era que apresentasse cerca de 5 litros. Apenas 25 ml puderam ser coletados para a realização de exames como o toxicológico e de dosagem de álcool.
Com o andamento das investigações, foi encontrado nos registros do celular do suspeito, contatos de cursos de tanatopraxia , uma técnica que ajuda na preservação de cadáveres. E um de seus procedimentos, é a retirada de sangue.
O MP só chegou a conclusão sobre um possível ritual “macabro” após receber essa informação de uma fonte do caso. Comprovação mostra que Gardia supostamente agiu sozinho e que reforça as acusações de feminicídio contra ele.
O Ministério da região também abriu um processo contra os médicos que assinaram o atestado de óbito de Lorenza. Itamar Tadeu Cardoso, foi o primeiro a chegar na residência, após ligação de Gardia por uma ambulância e constatar que vítima estava morta.
Na ficha, conta que a causa da morte foi por pneumonite, engasgo por alimento ou vômito. Mas, o IML não constatou nenhuma obstrução no pulmão e foram identificados sinais de violência. Em seguida, um segundo médico confirmou as causas da morte do laudo de Itamar Tadeu, para que assim, o corpo seguisse para a cremação, como desejava o marido. O Conselho Regional de Medicina se manifestou declarando que irá apurar a atuação dos médicos.
No mês de abril, o representante da equipe de defesa de André Pinho e Robson Lucas, se manifestaram através de nota dizendo que as marcas encontradas no corpo de Lorenza diziam respeito a tentativas de reanimação e que essa foi um dos pontos ressaltados pela perícia particular contratada pelo representante legal.
"Concluiu-se morte por intoxicação por remédios e álcool. As compressões torácicas e às duas tentativas de intubação naturalmente deixaram marcas, que são absolutamente compatíveis com os dois achados 'infiltrados hemáticos' na região torácica e região cervical", ressaltou.