Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra mortes no Jacarezinho
Manifestação pede justiça e também cobra o aumento da vacinação contra a Covid no país:“Não tem vacina, mas tem chacina”
O movimento negro realizou na Avenida Paulista , no fim da tarde deste sábado, um protesto contra as mortes provocadas por uma operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, na quinta-feira. A ação da Polícia Civil matou 28 pessoas . Esse é o maior número de mortes decorrentes de intervenções policiais desde 2007, de acordo com levantamento do GLOBO/EXTRA.
Os manifestantes se concentraram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e na calçada e nas faixas da avenida que ficam em frente à instituição, com cartazes que pedem investigação e justiça pelo caso. A convocação do ato foi feita pela Coalizão Negra por Direitos , que reúne diversas entidades brasileiras da causa. Também participaram integrantes de partidos políticos de esquerda e de movimentos estudantis.
Na sexta-feira, a coalizão já havia divulgado um manifesto, em português e em inglês, repudiando a operação no Jacarezinho. “Seja pelo coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade concreta de sobrevivência do povo negro”, escrevem.
A manifestação na capital paulista também cobrou o aumento da vacinação contra a Covid no país. “Não tem vacina, mas tem chacina”, estampavam faixas.