Homem é condenado a mais de 62 anos de prisão por abusar das três filhas no Acre
Abusos sexuais começaram quando as vítimas ainda eram crianças
Na zona rural de Tarauacá, no interior do Acre , um homem foi condenado a mais de 62 anos de prisão por abusar sexualmente das três filhas, de 14, 15 e 19 anos. Embora o caso ter sido descoberto recentemente, segundo as investigações, os abusos começaram quando elas ainda eram crianças. As informações são do portal G1 .
A mãe das vítimas tomou conhecimento da situação em setembro do ano passado e o caso foi denunciado à polícia. O acusado, de 53 anos, foi julgado nesta terça-feira (20) e condenado por estupro de vulnerável, estupro, ameaça e violência doméstica. Ele não pode recorrer do resultado em liberdade. A defesa do homem, no entanto, disse que aguarda o posicionamento dele para recorrer ou não contra a decisão.
Segundo a publicação, o acusado está preso desde outubro de 2020 na Unidade Prisional Moacyr Prado. O caso chegou à polícia quando uma das vítimas denunciou o pai para uma tia e a família decidiu procurar ajuda. De acordo com o promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC), Daisson Gomes Teles, e mãe das meninas disse que chegou a ver uma vez o marido com uma das filhas , mas não o denunciou por medo.
"Maltratava a família, tem denúncia de violência doméstica. É uma pessoa bem agressiva. Uma das filhas foi morar em Rio Branco porque não aguentava mais morar lá. Foi morar com a tia e essa tia disse que tinha um padrasto e que no passado esse padrasto tinha abusado dela. Ela falou para a mãe e a mãe separou, mas nunca foram para a delegacia. Dias depois, a menina chamou a tia e contou. A partir daí surgiu a história e a família resolveu denunciar", explicou o promotor ao G1 .
Abusos
Segundo as vítimas, os abusos começaram assim que elas completaram oito anos. Elas relataram sofrer ameaças do pai e já chegaram a flagrá-lo abusando uma das outras. O promotor disse que o homem negou as acusações durante o julgamento. O crime, de acordo com ele, é muito comum no interior do estado, e as famílias nem sempre denunciam o agressor por medo. "Foi uma grande vitória porque é uma pessoa muito perigosa, estava abusando das filhas com frequência. Nós não podemos aceitar essas condutas. Esses casos são muito frequentes no interior, mas não é normal e as pessoas precisam denunciar", concluiu Teles.