Bolsonaro desejava manifestação de Pujol contra decisão do STF, diz jornalista
Presidente Bolsonaro buscava manifestação semelhante ao ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, em 2018, que se posicionou contrário ao habeas corpus do ex-presidente Lula
Um dos motivos
que elevaram o desgaste
entre o presidente da República, Jair Bolsonaro
(sem partido), e o, por enquanto, comandante do Exército
, Edson Pujol, foi a recusa
por parte do oficialato em se manifestar contra a decisão
do Supremo Tribunal Federal ( STF
) que anulou
as condenações do ex-presidente Lula ( PT
). As informações são da jornalista Thaís Oyama
.
A expectativa
do presidente da República era de que Pujol realizasse uma declaração
em tom semelhante
ao de Eduardo Villas Bôas, enquanto esteve à frente do Exército
, em 2018. À época, dias antes de uma decisão do STF
que julgaria um habeas corpus do ex-presidente Lula
, o general publicou na sua rede social que o Exército repudiava
a impunidade.
O recado
foi entendido como uma tentativa de intimidar
a Suprema Corte e pressionar por uma condenação
ao petista, o que inviabilizaria
sua candidatura.
Pujol é crítico a decisão do STF que devolveu a Lula seus direitos políticos, mas se negou a realizar qualquer manifestação contra a corte. Fernando Azevedo e Silva, agora ex-ministro da Defesa, argumentou a Bolsonaro que não poderia obrigar o general a realizar um posicionamento em nome do Exército.
A atitude foi o divisor
de águas para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, exigisse
a sua demissão.