Bolsonaro: Veja quem saiu e quem continua na ala ideológica do governo
O Congresso pede a saída de dois participantes da ala ideológica: o ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e de Filipe Martins, assessor de assuntos internacionais da presidência
Durante a última semana, a ala bolsonarista que compõe o governo federal foi motivo de muitas polêmicas. Congresso e base ideológica racharam a ponto de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados chegou a dizer que " remédios do Parlamento são todos amargos , alguns fatais ".
Saiba quais membros da ala ideológica saíram
e quais ainda estão
no governo de Jair Bolsonaro:
Ala ideológica que se foi
Ricardo Vélez Rodrigues, ex-ministro da Educação:
Permaneceu apenas três
meses à frente da pasta educacional. Indicado por Olavo de Carvalho, o colombiano
chegou a pedir as escolas que filmassem
as crianças cantando o hino nacional. Foi demitido em abril de 2019.
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação:
Um dos ministros mais ideológicos
que passou pelo governo, Weintraub acumulou polêmicas ao acusar as universidades de " balbúrdia
" e de "plantarem maconha
". Defendeu, durante reunião ministerial, a prisão
de ministros do STF
e criticou
incontáveis vezes a China,
maior parceira econômica do país. Foi demitido em junho de 2020.
Roberto Alvim, ex-secretário de Cultura:
Ficou marcado pelo vídeo
da 'cultura nacional', onde repete
frases utilizadas por Joseph Goebbels
, ministro da Propaganda durante o período nazista
na Alemanha. A aparência
do local também se assemelha
com a estética do terceiro Reich. Foi demitido em janeiro de 2020.
Ala ideológica que permanece
Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores:
O Congresso credita ao chanceler as frustradas
tentativas de articulação
internacional para o adiantamento
da chegada de vacinas
contra covid-19. Também é alvo de diplomatas que o acusam de prejudicar
a imagem do país no âmbito comercial com a China
e países árabes.
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente:
Críticado por ambientalistas
, o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo acumulou recorde
no início de sua gestão no número de queimadas
e de desmatamento
crescente na Amazônia. Durante a reunião ministeral, Salles argumentou que o momento de pandemia era ideal
para continuar o desmonte das legislações
ambientais e que o governo deveria "passar a boiada
".
Ernesto Araújo foi entrevistado pelo Senado a respeito da compra de vacinas contra o covid-19 e muitos parlamentares pediram para que o chanceler renunciasse . Já Filipe Martins, assessor de assuntos internacionais, realizou gestos 'controvérsios' com as mãos e foi criticado pela oposição, que pediu sua saída .