Senador chama a polícia após suposto gesto supremacista de assessor de Bolsonaro
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu autuação da Polícia Legislativa; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pediu investigação sobre o caso
O senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) acionou a polícia para que Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, fosse retirado do Senado e autuado pela Polícia Legislativa após fazer um gesto supostamente supremacista com a mão durante sessão tratava sobre o trabalho do Itamaraty na importação de vacinas contra a Covid-19.
(Assista abaixo).
Enquanto o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fala, o assessor especial da PRESIDÊNCIA, Filipe Martins ( @filgmartin ), gesticula atrás dele.
— Casé (@RonnaldCasemiro) March 24, 2021
É esse o nível. pic.twitter.com/txGOLAmXvF
Segundo Randolfe Rodrigues, o gesto de juntar o polegar ao indicador é utilizado por supremacistas brancos ao redor do mundo. Os três dedos levantados formam a letra "W" e o círculo feito com o polegar e o indicador foram a letra "P", que seria uma referência a frase "White Power", "Poder Branco" na tradução.
"Solicito, requeiro, a vossas excelências, na condição de líder da oposição, que ele seja retirado das dependências do Senado e inclusive autuado pela Polícia Legislativa", disse o senador. "Isso é inaceitável, basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos a essa altura", continuou.
O gesto foi classificado pela Liga Antidifamação (ADL) dos EUA, organização que monitora crimes de ódio no país, como "uma verdadeira expressão da supremacia branca".
Rodrigo Pacheco pede investigação
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu instaurar procedimento de investigação para apurar o gesto de Filipe Martins.
Segundo interlocotures do Senado, Pacheco estaria exigindo a demissão imediata do assessor.