No Dia Internacional da Mulher, polícia faz operação para prender agressores
No Rio de Janeiro, agentes devem cumprir 258 medidas cautelares e protetivas, além de mandados de prisão
Na manhã desta segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) deflagrou a Operação Resguardo, a maior ação de combate a crimes de violência contra a mulher do Brasil. No Rio de Janeiro, os agentes devem cumprir 258 medidas cautelares e protetivas, além de mandados de prisão.
A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública , por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi-MJSP), e será realizada nos 26 estados do país e no Distrito Federal.
A ação integrada teve início no dia 1º de janeiro de 2021 em todo o Brasil. Desde então, a Polícia Civil do Rio apurou mais de 30.986 denúncias que culminaram com a instauração de 7.327 inquéritos policiais, 212 mandados de prisão, 353 cumprimento de mandados judiciais, com atendimento de mais de 36.390 mulheres vítimas de violência, e a prisão de 1.367 agressores em todo o estado.
Para a delegada Sandra Maria Pinheiro Ornellas, coordenadora do DGPAM, “essa operação tem uma função simbólica e repressiva”: "desde janeiro estamos reunindo dados de violências domésticas e inserindo dados em uma base nacional e hoje, simbolicamente, estamos fazendo essa operação. Fazemos isso hoje porque o Dia Internacional da Mulher é um dia de luta por igualdade. E o grande problema, a base da violência contra a mulher, está na profunda desigualdade entre sexo, onde as mulheres são todas como objetos e, portanto, sujeitas a punições através de castigos e mortes pelo feminicídio. Essa visão patriarcal de que a mulher é objeto e prioridade do homem é a base de toda a violência. Queremos combater a extrema desigualdade que resulta nessas violências".