Sem salários, médicos intensivistas abandonam hospital referência em Covid-19
Funcionários não recebem desde dezembro de 2020 e reclamam de carga horária excessiva e falta de materiais adequados para trabalhar
Um grupo de vinte e nove intensivistas anunciou a saída do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP)
, em Goiânia, após não receberem o pagamento dos salários desde dezembro. Os médicos reclamaram também de sobrecarga de trabalho.
O hospital público, que é considerado referência no atendimento a pacientes com Covid-19 , agora corre risco de ficar sem médicos suficientes para fazer o acompanhamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A unidade é gerida pela organização social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), e foi uma das que recebeu pacientes transferidos de Manaus (AM) para Goiás, no dia 18/1 deste ano. Foram 14 no total; seis deles morreram, sete já receberam alta e um continua internado.
Segundo o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego ), todos os funcionários ho hospital, de todas as especialidades, sofrem com os atrasos nos pagamentos.
Na carta ao hospital, os médicos explicam que foi feita uma “negociação exaustiva” para reverter a situação, mas que, mesmo assim, não houve resposta positiva por parte do hospital.
Os médicos também reclamam de falta de materiais e profissionais suficientes para oferecer um atendimento adequado aos pacientes.
A prefeitura de Aparecida de Goiânia afirmou que está em dia com os repasses financeiros. Já o IBGH, alega que os médicos são funcionários de uma empresa terceirizada, chamada IMED, e que essa empresa é que estaria gerando o atraso dos pagamentos.
*Com informações do Metrópoles