Depois da morte do marido: Flordelis custou R$ 3,4 milhões aos cofres públicos
Desde junho de 2019, deputada usou cerca de R$ 2,1 milhões com verba de gabinete e R$ 596,1 mil com cota parlamentar
Desde a morte do pastor e marido Anderson do Carmo, em junho de 2019, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) já custou, pelo menos, R$ 3.403.524,64 aos cofres públicos no exercício do mandato. As informações foram coletadas pelo portal Metrópoles, junto à base de dados do site da Câmara dos Deputados.
Todo o dinheiro equivale à soma dos gastos da pastora com verba de gabinete (R$ 2.132.121,78) e cota parlamentar (R$ 596.142,86), bem como ao salário bruto da deputada, até janeiro deste ano. No caso da cota parlamentar, ainda não há números sobre janeiro de 2021, o que deixaria os números ainda maior.
Acusada de matar o marido
Flordelis é ré em processo na qual é acusada de ser a mandante do assassinato do marido Anderson do Carmo. O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou ela em 24 de agosto do ano passado pelo homicídio do pastor.
Apenas desde a denúncia, a pastora já custou R$ 791.291,07 aos cofres públicos. Desse total, R$ 501.452,63 referem-se à verba de gabinete, R$ 121.023,44 à cota parlamentar e R$ 168.815,00 ao salário bruto da deputada, que ainda tem imunidade por ser parlamentar.
As investigações sobre o homicídio do pastor Anderson do Carmo também identificaram indícios de nepotismo e de prática de “rachadinha” no gabinete da parlamentar.
O Metrópoles mostrou também que a Câmara dos Deputados pagou, em 12 meses, R$ 690,5 mil para filhos afetivos da deputada federal que estavam trabalhando no gabinete da parlamentar.
O valor foi pago entre setembro de 2019 e agosto de 2020 e representa a soma da remuneração mensal, de auxílios e de gratificações natalinas.