Beneficiada com "saidinha", Viúva da Mega-Sena deve voltar à cadeia nesta quarta
Após receber benefício pela primeira vez, Adriana Ferreira Almeida tem até a meia noite desta quarta-feira para se reapresentar na unidade prisional
Adriana Ferreira Almeida, conhecida como a Viúva da Mega-Sena , tem até a meia-noite desta quarta-feira (30) para voltar para a cadeia. Ela conseguiu progredir do regime fechado para o semiaberto e recebeu autorização da Justiça para passar o Natal na casa da mãe, em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. A ex-cabeleireira deixou o presídio na última quinta-feira, dia 24.
Segundo a decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais, que deu a Adriana o benefício da Visita Periódica ao Lar, a ex-cabeleireira “possui conduta disciplinar abonadora”. Documentos da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) definem o comportamento dela na cadeia como “ótimo”. A autorização para deixar o Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói, foi concedida em outubro, mas a saída de Natal é a primeira a que a ex-cabeleireira tem direito.
A viúva foi condenada a 20 anos de prisão por ser mandante do assassinato do marido, o ex-lavrador René Senna, que ficou milionário depois de ganhar na loteria. O crime ocorreu em janeiro de 2007, e ela está presa desde junho de 2018.
Ao longo do ano, Adriana terá direito a cinco saídas para visitar a família. Ela já cumpriu, ao todo, quase quatro anos da pena — em dois períodos: o atual e um logo após o crime, em que ficou presa um ano preventivamente, antes da sentença que a condenou.
Em setembro de 2019, esgotaram-se os recursos possíveis, e Adriana foi condenada pelo assassinato do marido . Em dezembro passado, a ex-cabeleireira tentou se beneficiar do novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisões após condenação em segunda instância e pediu para ser posta em liberdade, mas o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido.
O milionário foi executado a tiros por dois homens, em Rio Bonito, na Região Metropolitana. De acordo com a sentença que condenou Adriana , ela encomendou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento porque havia descoberto que era traído. O testamento foi anulado em 2018. A herança ainda é objeto de disputa entre a filha e 13 irmãos de René.