Bolsonaro diz que se fizesse pressão por vacina seria acusado de 'interferência'
Presidente ainda reforçou que a vacina será ofertada de" forma gratuita e não obrigatória"
Um dia após dizer que não dá bola" para o fato de outros países já terem começado a vacinar suas populações, o presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo que, logo que um laboratório apresente o pedido de "uso emergencial ou registro" junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o imunizante for aprovado, a vacina será ofertada de" forma gratuita e não obrigatória".
"Temos pressa em obter uma vacina, segura, eficaz e com qualidade, fabricada por Laboratórios devidamente certificados. Mas a questão da responsabilidade por reações adversas de suas vacinas é um tema de grande impacto, e que precisa ser muito bem esclarecido", escreveu o presidente em uma rede social.
O Brasil não aprovou nenhuma vacina até o momento. O presidente destacou que quatro laboratórios desenvolvem estudos clínicos de vacinas no Brasil mas nenhum apresentou junto à Anvisa o pedido de uso emergencial ou de registro.
"O presidente da República, caso exercesse pressões pela vacina, seria acusado de interferência e irresponsabilidade", justificou Bolsonaro defendendo a agência:
"A Anvisa é uma Agência de Estado, não de Governo. Sua atuação é independente e reconhecida no mundo todo, pela excelência do trabalho dos seus servidores". .
Bolsonaro foi criticado ontem ao declarar que não se sente pressionado e "não dá bola" para o fato de outros países já terem começado a vacinar suas populações. O presidente reforçou o argumento que vem utilizando de que tem as próprias fabricantes dos imunizantes não se responsabilizam por eventuais efeitos colaterais dos produtos.