Padre Robson e outras 17 pessoas se tornam réus por desvio de dinheiro
Líder religioso foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás
O padre Robson de Oliveira e mais 17 pessoas se tornaram réus nesta quinta-feira (10) pelos crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo desvio de R$ 120 milhões doados à organização religiosa Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A juíza Placidina Pires aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás e ressaltou que tomou a decisão "diante da existência de elementos probatórios acerca da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria".
A investigação do MP-GO foi tornada pública em agosto desse ano e chegou a ser paralisada após uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que afirmou que, como se tratava de uma entidade privada, não cabia uma investigação de desvio de finalidade do uso do dinheiro arrecadado dos fiéis.
No entanto, no dia 4 de dezembro , o presidente do TJ-GO , Walter Carlos Lemes, autorizou que a investigação fosse retomada e a juíza Pires determinou nesta quinta que o material apreendido volte para o MP.
Segundo a denúncia dos promotores, o padre Robson comandava uma organização criminosa que desviava o dinheiro dos fiéis, que deveria ser usado na construção da basílica católica na cidade de Trindade, para empresas particulares e na compra de uma casa de mais de R$ 1 milhão.
A defesa do religioso continua afirmando que ele é inocente e que está "tranquilo" com o andamento do processo porque não há nenhuma "ilegalidade".