Destino de área de mata atlântica ameaçada em São Paulo será definido hoje

Disputa pelo Jardim Alfomares, terreno de 63 mil metros quadrados que fica no Alto da Boa Vista, na zona sul, está em curso há décadas

Entrada do Jardim Alfomares, no Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo
Foto: Reprodução / Google Street View
Entrada do Jardim Alfomares, no Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo

O destino de uma área de mata atlântica localizada na capital paulista e ameaçada será avaliada nesta segunda-feira (7) pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). A disputa pelo Jardim Alfomares , terreno de 63 mil metros quadrados que fica no Alto da Boa Vista, na zona sul, está em curso há décadas.

A área de mata atlântica sedia um projeto da Viver Incorporadora e Construtora e ameaça a vegetação remanescente. Por esse motivo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também passou a questionar as alterações no terreno com espécies ameaçadas de extinção.

De acordo com um parecer da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), houve o "registro de espécies endêmicas da mata atlântica , ou seja, que são encontradas somente no bioma mata atlântica, de espécies ameaçadas e de espécies migratórias, evidencia a importância ecológica e de preservação da área". As informações foram obtidas pela Folha de São Paulo


Em sua defesa, a Viver alegou que a supressão de árvores teria sido aprovada por órgãos competentes pela preservação ambiental e que havia sido suspensa de forma voluntária no dia 16 de novembro.

A reunião do Conpresp de hoje tem como intuito decidir se um processo de tombamento da área será aberto. Com isso, a região ganharia proteção até o momento em que for decidida as questões referentes à preservação. De acordo com a Folha, o parecer tende a ser favorável para a abertura do processo pelo conselho.