Professora cria vaquinha online para reformar casa de aluno em comunidade do Rio

Família de 5 pessoas vive em uma pequena casa no Complexo do Alemão, que já está em reformas

Pedreiro pôde ser contratado para reforma da casa com valor que já foi arrecadado
Foto: Reprodução Voz das Comunidades
Pedreiro pôde ser contratado para reforma da casa com valor que já foi arrecadado

Elisângela Pereira , professora de 47 anos, se sensibilizou após visitar a casa de seu aluno, um menino autista, de 4 anos de idade, localizada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em setembro. Depois da visita, decidiu ajudá-los.

A casa apresentava situação precária na estrutura, com muitas infiltrações, o vaso sanitário estava quebrado e o banheiro sem acabamento. A família sobrevive de doações e todos os 5 filhos do casal apresentam algum grau de autismo, sendo que dois deles moram com a avó materna.

"Saí dali com o meu coração partido. Fui chorando pela rua e pedindo orientação a Deus, eu precisava fazer algo por aquela família", contou Elisângela em entrevista ao UOL.

A professora estava determinada a ajudar, e estipulou a meta de R$ 6 mil, e teve a idéia de criar uma vaquinha online para angariar fundos. Mas, inicialmente teve pouca adesão, conseguindo menos de 10% do valor necessário.

Contudo, uma empresa de seguro de carro e moradores da comunidade contribuíram financeiramente e doando materiais.  Flávio Ribeiro , dono de uma oficina mecânica, que se comoveu com a história, passou a ajudar Elisângela ativamente, tanto que ela o apelidou de 'anjo'.

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Após revisar valores, Flávio chegou ao valor de R$ 16 mil necessários para finalizar a reforma. Até o momento,  a vaquinha online feita para ajudar a família já arrecadou mais de R$ 4 mil.

Ainda que o valor final não foi atingido, as obras já iniciaram, e após passar um tempo longe da residência, a família pôde retornar. Agora, a casa será maior, tendo dois quartos, uma varanda, sala, cozinha e banheiro.

"As pessoas precisam ter mais empatia. Gostaria que essa história levasse outras pessoas a ajudar o próximo", diz a educadora.

"Sempre quis fazer alguma obra, mas nunca tive a oportunidade. Colava uma coisa quebrada aqui, outra ali. Jamais imaginei que iam aparecer pessoas para nos ajudar", disse, emocionado , Cleyton de Albuquerque, pai do aluno que teve a casa reformada.