Presidente da Fetranspor foi preso no começo de julho após decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro
Divulgação
Presidente da Fetranspor foi preso no começo de julho após decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro


Uma dia após estar em estado grave, o passageiro que foi esfaqueado por um motorista de ônibus foi submetido a uma cirurgia no Hospital estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Conforme a Secretaria estadual de Saúde, Rafael de Assis Silva, de 31 anos, tem o quadro de saúde considerado estável nesta terça-feira, dia 10. Segundo os familiares, os médicos disseram que a vítima foi atingida no pulmão e no fígado.


O crime aconteceu por volta das 19h de domingo, dia 8, em Alcântara, em São Gonçalo. De acordo com relato de testemunhas, Rafael foi agredido após uma discussão com o rodoviário. O motivo teria sido o fato de o passageiro não estar usando a máscara de proteção .

Segundo relato dos policiais militares que participaram da ocorrência o passageiro e o motorista estavam no coletivo que fazia o trajeto Apolo III — Fazenda dos Mineiros, na linha 040. Ainda segundo os PMs, o motorista teria pedido que rapaz utilizasse o acessório de proteção, mas o mesmo não teria obedecido, dando início a uma discussão que acabou na agressão .

Você viu?

Pai cobra por justiça

O pai da vítima, o pintor Pedro Antônio Ferreira da Silva, de 57 anos, reconhece que o filho estava sem máscara, mas disse que isso não era motivo para a agressão. Ele falou ainda, que, segundo a esposa que acompanhava a vítima, um outro passageiro teria oferecido uma máscara para o rapaz, que teria aceitado. Por isso não via motivo para a agressão. Ele achou também um absurdo o motorista estar armado com uma faca e cobrou justiça:

"Ele (o motorista) tem que pagar pelo que fez. A lei é clara: errou pagou . Ele pode ter fugido, não sei qual foi a situação, mas tem de pagar. Tem que ter justiça senão vira bagunça. É um absurdo, o fim do mundo — protestou. — Bastava (o motorista) ter pedido para ele descer e, se não obedecesse, chamar a polícia. Não era motivo para discutir e muito menos para a agressão. Meu filho é um trabalhador e estava desarmado", afirmou.

Rafael mora no bairro Laranjal e estava trabalhando como auxiliar de serviços gerais numa academia de ginástica. O caso foi registrado na 74ª DP (Alcântara). Em nota, a Polícia Civil informou que "de acordo com informações da 74ª DP (Alcântara), as investigações estão em andamento. Imagens estão sendo analisadas e diligências sendo feitas."

A Viação Expresso Tanguá informou, por meio de nota, que "lamenta profundamente o ocorrido e repudia qualquer ato de violência. A empresa está apurando os fatos e está à disposição para colaborar tão logo seja acionada pela equipe de investigação da polícia. A empresa também está acompanhando o estado de saúde do passageiro".

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!