"Indiretas" de ex-porta-voz sobre Bolsonaro expõem divisão entre militares

Entre membros das Forças Armadas, há insatisfação com o governo não ter cumprido promessas de campanha

General Otavio Rêgo Barros é ex-porta-voz da Presidência da Republica do governo Bolsonaro
Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
General Otavio Rêgo Barros é ex-porta-voz da Presidência da Republica do governo Bolsonaro


O artigo publicado pelo ex-porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, expõe uma divisão entre membros das Forças Armadas . Alguns, mesmo dentro do governo, se queixam do espaço que  Jair Bolsonaro vem cedendo ao centrão e à chamada "ala ideológica" — críticas refutadas pelos militares do Palácio do Planalto.


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Integrantes da cúpula das Forças ressaltam não haver possibilidade de punição ao militar, da reserva, devido a uma lei de 1986 que garante aos inativos o direito de "opinar livremente sobre assunto político". Eles lembram que Rêgo Barros foi alvo de "fritura" de Bolsonaro e teve seus poderes esvaziados paulatinamente e, por isso, a crítica seria esperada.

No Palácio, por outro lado, integrantes da ala militar enxergaram na atitude de Rêgo Barros uma demonstração de "deslealdade" e de "vaidade", segundo a colunista do Globo Bela Megale.