Homem agride e chama de 'macaca' mulheres negras em SP

Caso ocorreu em uma padaria após o agressor acusar as mulheres de terem furado a fila

Mulheres são vítimas de racismo em padaria de SP
Foto: Reprodução Ponte Jornalismo
Mulheres são vítimas de racismo em padaria de SP

Duas mulheres negras foram vítimas de racismo em uma padaria na Vila Mariana, zona sul de São Paulo , na manhã da última quarta (21). O acusado se chama Roberto Barbosa dos Santos.

Segundo a técnica de enfermagem Shirlei de Paula , Roberto a impediu de ir até o caixa, acusando Shirlei de estar furando a fila. Contudo, sua colega de trabalho, Rosângela Aparecida Libeti, de 60 anos de idade estava lhe esperando no local para poderem pagar.

Veja o momento da agressão:


Após breve discussão, as amigas deixaram o homem passar na frente, nesse momento, ele teria começado a murmurar as ofensas racistas .

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"Ele me chamou de macaca, de preta, de vagabunda… De todas as palavras que você souber, como se as pessoas não conseguissem escutar o que estava falando", denuncia Shirlei, em depoimento dado ao Ponte Jornalismo.

Após o fato, as duas mulheres começaram a discutir com Roberto Barbosa, e Shirlei passou a gravar , nesse instante, Roberto passou a ser mais agressivo e se aproximar dela. Ao perceber o movimento, Rosângela colocou a mão para impedir a passagem, e então o acusado desferiu um tapa no rosto da mulher de 60 anos.

"Ele voltou com tudo, xingando e indo para cima da Shirlei. Coloquei a mão e ele meteu um tapa na minha cara. Foi muito rápido", afirma Rosângela.

Shirlei de Paula registrou um Boletim de Ocorrência contra o homem. Roberto Barbosa dos Santos trabalha no  Centro de Referência e Treinamento (CRT) em IST/Aids , do governo do Estado de São Paulo, e segundo informações, tem um histórico de agressões contra colegas.

Por conta da investigação, ele foi afastado provisoriamente de suas funções.   "O Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP repudia qualquer ato de discriminação, preconceito, agressão e qualquer tipo de desrespeito a cidadãos, independentemente de status social, gênero, etnia", diz em nota o CRT.