Secretário de Saúde do Rio quer escolta armada com fuzil: "medida de segurança"
Pedido foi feito dias depois de possível execução de diretor do Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo
Por Agência O Globo |
Nomeado secretário estadual de saúde no último dia 25, o médico Carlos Alberto Chaves solicitou ao secretário estadual da Polícia Militar, Coronel Rogério Figueiredo, a cessão de um fuzil para ser usado por policiais que fazem sua escolta. No ofício enviado na última quinta-feira, Chaves solicita um fuzil de modelo compacto, quatro carregadores e 100 munições.
Por meio de nota, a secretaria afirmou que não houve ameaça ao secretário ou qualquer integrante da pasta. Segundo a nota, "o fuzil foi solicitado de forma oficial à Polícia Militar como parte das medidas de segurança adotadas pela equipe de segurança institucional".
Ex-diretor de grandes unidades de saúde do estado, Carlos Alberto Chaves tem fama de "xerife", e ficou conhecido por fazer “choques de gestão” por onde passou. Ele chegou a ser ameaçado quando foi diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas, no ano de 2007.
Polícia investiga morte de diretor de hospital
A solicitação de um fuzil para a escolta do secretário aconteceu três dias depois da morte de José Dídimo do Espírito Santo, diretor-executivo do Hospital estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, no último domingo. Investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI) trabalham com a hipótese de execução. José Dídimo era agente aposentado da Polícia Federal e teria trocado tiros com quatro bandidos após ter sido fechado por eles na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), no bairro Baldeador, em Niterói.
A polícia investiga se uma disputa de poder na troca da gestão entre duas Organizações Sociais (OSs) no hospital motivou o assassinato. Funcionários da direção da unidade foram intimados a depor, e os agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na investigação.