Sócio da agência que fez campanha de Bolsonaro é detido com R$ 45 mil em mochila
Alexandre Martins levava R$ 45 mil em dinheiro dentro de mochila ao ser parado na Rodovia Presidente Dutra
Por Agência O Globo |
A Polícia Rodoviária Federal flagrou na noite de sábado (3) um dos sócios da agência Am4 Brasil Inteligência Digital LTDA Alexandre Martins com uma mochila com R$ 45 mil em dinheiro vivo em Volta Redonda, no Sul do estado do Rio . Os policiais o pararam em seu carro, um Toyota/Hilux com placas de Barra Mansa, no km 257 da Rodovia Pres. Dutra.
Durante a revista do carro, o dinheiro foi encontrado e, segundo a PRF, Martins não soube explicar a origem do dinheiro e, segundo os policiais, demonstrou nervosismo. A agência AM4 trabalhou na produção de vídeo da campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Ele é sócio de Marcos Aurélio Carvalho, que coordenou a comunicação da campanha presidencial.
O GLOBO apurou que Martins estava usando na camisa vários adesivos de campanha de candidatos às eleições municipais na Baixada Fluminense. Os policiais disseram que " devido às divergências apresentadas " na hora da abordagem houve a suspeita de crime de lavagem de dinheiro. Por isso, Martins foi encaminhado ainda na madrugada para a Polícia Federal em Volta Redonda para prestar depoimento e onde o dinheiro ficou apreendido. Depois do depoimento, Martins foi liberado e a PF investigará o caso.
Martins estava atuando também na coordenação da campanha do prefeito Rodrigo Drable, que tenta a reeleição, e de quem era secretário de governo. Ele também foi candidato a deputado federal pelo PSL em 2018, mas teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. O GLOBO tentou contato com Martins, mas ele não retornou.
A AM4 informou, por nota, que Alexandre Martins "não possui nenhum cargo de direção e não atua nas empresas do grupo. O fato ao qual a matéria se refere não tem nenhuma relação com a empresa e está sendo tratado pelo advogado pessoal de Alexandre. Vale retificar que Alexandre não prestou depoimento na CPI, justamente por não ter desempenhado nenhum papel na campanha do presidente Bolsonaro".