Três envolvidos em confusão no Rio têm passagem na polícia por lesão corporal
Motorista do conversível, mulher de biquíni e arquiteta que arremessou garrafa em vídeo que viralizou no Leblon têm passagem
Por Agência O Globo |
Os três protagonistas da confusão no Leblon que viralizou nas redes sociais já haviam se envolvido em outras agressões. Assim como o motorista do carro conversível, a mulher que desfilava de biquíni no banco de trás e a arquiteta que arremessou garrafas d’água contra ela figuram como autores de lesões corporais registradas em delegacias do Rio, entre 2014 e o mês passado.
Aline Cristina Araújo Silva, de 37 anos, foi acusada pela ex-sogra, na 14ª DP (Leblon), de segurar seus braços e empurrá-la para que não falasse com a sua neta, que tinha 5 anos, em 15 de julho de 2014. A idosa contou que as agressões começaram, por volta de 10h, quando a arquiteta, “alterada e aos berros”, gritava o nome da criança. Não satisfeita, ela teria ido até sua porta, sem autorização, e com o dedo apontado para seu rosto, e dito: “Me dá a minha filha. Eu disse que essa família não presta”, xingando a ex-sogra em seguida.
Scheila Danielle Gmack Santiago, de 30 anos, que teve a parte de cima do biquíni arrancado depois de agredir Aline, que lhe atirou as garrafas, é autora de um registro de ocorrência de lesão corporal e invasão de domicílio. No primeiro, ela foi acusada de bater com socos e pontapés em uma jovem, num quiosque na Praia do Pepê. A desavença teria começado quando a moça foi ao banheiro, em 29 de dezembro do ano passado. No dia 14 do mês passado, um ex-ficante de Scheila a acusou na 16ª DP (Barra da Tijuca) de ter invadido seu apartamento enquanto ele dormia.
Já o engenheiro de produção Wilton Vacari Filho, dono do conversível, aparece como autor de outros dois casos que envolvem agressões. O primeiro, em 27 de novembro de 2013, registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira), durante uma briga no Maracanã. O caso ainda está sendo processado no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos.
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O outro, feito na 10ª DP (Botafogo), relata que em 9 de setembro, por volta de 19h, um funcionário de uma empresa de eventos foi agredido pelo engenheiro durante uma confraternização numa embarcação na Marina da Glória. Segundo o registro, Wilton disse que o motivo das agressões foi o fato de o funcionário ter apalpado sua nádegas.
Mensagens de apoio e repúdio nas redes sociais
Desde a confusão no Leblon Scheila, ela viu o número de seguidores nas redes sociais aumentar e vem recebendo uma enxurrada de mensagens de apoio. Em seu perfil no Instagram, Scheila tem repostado algumas mensagens. Em diversos vídeos, ela e seus amigos reproduzem a cena ocorrida na Rua Dias Ferreira. Depois de ficar com os seios de fora, ela os balançou em tom de deboche.Em uma das publicações, amigas escrevem: “Empoderamento feminino”. Em outra, ela é elogiada: “Que mulherão. Você é sensacional”. No conversível, ado lado de Scheila, também estava Priscilla Dornelles. Ela também recebeu mensagens de apoio em seus perfis.
Já no perfil de Aline, grande parte das mensagens são de repúdio à atitude. “Engraçado, né? Você estava errada em fazer aglomeração na rua durante a pandemia. Posso tacar água na sua cara também? Hipocrisia” e “O único atentado ao pudor do vídeo é o seu amigo tirando o sutiã da moça”, são alguns dos comentários. A arquiteta disse que os comentários de apoio estão sendo enviados de maneira privada.
Sobre as agressões, O advogado de Wilton, Luiz Felipe Diaz André, disse que ainda não foi notificado desse inquérito e irá até a delegacia esclarecer os fatos. Scheila não respondeu às mensagens do jornal Extra. Já Aline afirmou que não queria se manifestar sobre o caso.