Lava Jato faz operação em escritórios de advocacia acusados de desviar milhões

Segundo investigações, objetivo do esquema era montar blindagem que mantivesse empresário Orlando Diniz no comando de entidades

Busca e apreensão é feita em diversos estados brasileiros
Foto: Agência Brasil
Busca e apreensão é feita em diversos estados brasileiros

A força-tarefa da Lava Jato está nas ruas na manhã desta quarta-feira para cumprir mandados de busca e apreensão contra escritórios de advocacia que teriam sido usados para desviar ao menos R$ 151 milhões do Sistema S do Rio, composto pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio-RJ) , Sesc e Senac entre 2012 e 2018, sem comprovar o serviço prestado. O advogado ligado a família Bolsonaro, Frederick Wassef  está entre os investigados repassar R$ 2,6 milhões.

O objetivo dos desvios era montar uma blindagem que mantivesse o empresário Orlando Diniz no comando das entidades.

A ação, uma parceria do Ministério Público Federal (MPF) com a Polícia Federal (PF) e Receita Federal, faz busca e apreensão em 50 endereços no Rio, São Paulo e Brasília, incluindo as firmas dos envolvidos e outros escritórios e empresas, porque além dos valores desviados há suspeita de malversação de mais R$ 200 milhões.

Entre os alvos está o escritório Teixeira, Martins Advogados, do advogado Roberto Teixeira, sócio de Cristiano Zanin Martins, o responsável pela defesa criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além deles, os escritórios da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, Eduardo Martins, Ana Tereza Basilio, Tiago Cedraz e Cesar Asfor Rocha também estão entre os investigados.

A ordem dos mandados foi expedida pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os acusados são suspeitos da prática estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e sonegação fiscal.