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Arquivo pessoal/Mônica Benício
Morte da vereadora Marielle Franco completou 900 dias

Neste domingo, em que completou 900 dias do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes , a arquiteta Monica Benicio, vívuva da parlamentar, lamentou a falta de respostas sobre os mandantes do crime. Ela diz que mantem viva a expectativa por uma solução e acredita numa resposta até o fim do ano. A abertura de um celular apreendido com Ronnie Lessa, um dos executores, está prevista para terça-feira.

Em postagem emocionada nas redes sociais, Monica Benicio lembrou o Dia da Visibilidade Lésbica, comemorado no últmo sábado. Segundo ela, uma das grande lutas da vereadora na Câmara municipal e nos movimentos sociais.

"Precisa falar sobre isso todos os dias até que seja apresentada uma resposta para quem mandou matar Marielle. Jamais esperaria que isso poderia chegar a 900 dias sem uma resposta. Ter identificado os executores foi uma parte importante, mas não é suficiente. A Marielle foi assassinada num crime político, o que é inadmissível em um Estado democrático. Apesar de toda dor, seguiremos cobrando diariamente", disse Mônica, que mantém viva a esperança por respostas.

"A minha esperança é renovada diariamente e me dá, cada vez mais, vontade de continuar lutando. Tenho uma expectativa que até o fim do ano vamos ter uma resposta".

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados, no Estácio, em 14 de março de 2018. Após um ano de investigações, a polícia prendeu o policial reformado Ronnie Lessa, que atirou contra a vereadora, e que o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz que dirigia o carro que perseguiu Marielle. Um celular apreendido com Ronnie Lessa, que está lacrado, será aberto em audiência marcada esta segunda-feira, 1º de setembro. Este é o quinto aparelho da dupla a ser desbloqueado pelo MP-RJ.

Para reforçar a prova contra os dois acusados e buscar outros envolvidos, o MP-RJ pediu à Justiça que quebrasse o sigilo para saber, nos cinco dias que antecederam o crime, os nomes de quem pesquisou no Google, além de “Marielle Franco”, as palavras-chave “vereadora Marielle”, “agenda Marielle”, “agenda vereadora Marielle”, “Casa das Pretas”, “Rua dos Inválidos 122” e “Rua dos Inválidos”. O Google diz que vai recorrer da decisão.

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