Iphan barra instalação de escudo contra drones em palácios do governo federal
GSI contratou empresa por R$ 2,49 milhões para instalação dos equipamentos
Por Agência O Globo |
Preocupado com a espionagem, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) contratou por R$ 2,49 milhões um sistema para detecção de drones nos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu. No entanto, até agora o projeto não saiu do papel.
A instalação esbarra na autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que vetou antenas no teto dos edifícios. Agora, em um novo parecer, o órgão sugere que os equipamentos sejam colocados na laterais dos prédios ou nos arredores.
No lançamento o edital, o GSI justificou que o equipamento era necessário para "conter ameaças concretas" à Presidência da República. Como exemplo, pontou quatro situações em que drones se aproximaram do presidente, do seu vice, ou de prédios presidenciais.
O Iphan negou autorização para as antenas e questiona, já em um segundo parecer, se "existe tecnologia disponível que cause ainda menor impacto para a arquitetura dos edifícios".
De acordo com a proposta mais recente, no Planalto seria colocada uma antena de 1,3 metros dentro de uma caixa. Nos outros palácios, a antena seria maior. Mesmo com mudança no projeto, a proposta foi não foi aprovada.
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"O porte dos equipamentos foi reduzido significativamente no Palácio do Planalto, passando de 20 m para 1,30 m, o que comprova a existência de tecnologia mais compacta para o mesmo fim.
No Palácio da Alvorada, o mastro foi reduzido de 10 m de altura para 5 m e no Palácio do Jaburu, foi reduzido somente 50 centímetros (de 6 m para 5,50 m). Ainda que o porte tenha sido reduzido, verificou-se que os equipamentos ainda influenciam na leitura da volumetria dos Palácios".
No parecer, também é questionada a possibilidade de instalar a versão menor de antena nos três edifícios. O documento, datado de 6 de agosto, foi divulgado pelo site "Metrópoles".
No projeto original os equipamentos a serem instalados no teto dos prédios tinham formato de pirâmide, o que chamava ainda mais atenção. Apesar das alterações, a avaliação é que as estruturas ferem o tombamento das obras de Oscar Niemeyer e do Conjunto Urbanístico de Brasília.
“Caso sejam elementos integrados à arquitetura dos palácios, os novos equipamentos não podem ser visíveis do ponto de vista do observador, de forma a não prejudicar a leitura da volumetria dos Palácios", aponta o documento.
Procurado, o GSI informou que é responsabilidade da empresa encontrar uma solução técnica para resolver o problema.