Homem usava eventos religiosos para estuprar meninas em MG
Ao menos 14 jovens forma abusadas pelo homem; entretanto, autoridades suspeitam que podem haver mais vítimas
Por iG Último Segundo |
Um homem de 54 anos é suspeito de ter utilizado eventos religiosos para estuprar meninas há décadas. Os casos aconteceram na cidade de Várzea da Palma, em Minas Gerais . Segundo a Polícia Civil, ele fez, ao menos 14 vítimas. Entretanto, o número pode ser maior, uma vez que, durante o período, ele atendeu aproximadamente 5 mil crianças.
O primeiro abuso relatado ocorreu em 2004 e o último em 2017. A idade das vítimas variava entre 6 e 10 anos. Segundo o delegado que é responsável pelo caso, os abusos foram descobertos quando uma das vítimas procurou a delegacia em outubro de 2019.
A repercussão do episódio fez com que mais mulheres relatassem os abusos. O caso foi concluído em janeiro, mas só foi divulgado pela polícia nesta segunda-feira (17). Na cidade, o suspeito era conhecido e chegou a se candidatar para o cargo de vereador.
Segundo o delegado, os relatos eram semelhantes e indicavam uma padrão por parte do abusador. Ele expunha sua fé para ganhar a confiança dos pais e se aproveitava para abusar das garotas.
A maior parte das vítimas eram crianças em situação de vulnerabilidade. As vítimas teriam relatado à polícia que sabiam que algo estava errado na época, mas não tinha consciência da situação. Os abusos aconteciam na casa do suspeito, em escolas e até na paróquia da cidade.
Em depoimento, o homem negou ter cometido os crimes e atacou as mulheres, alegando que elas seriam loucas. Ele não é casado, mas, em existem relatos de estupros em relacionamentos anteriores. Como os crimes já foram prescritos, ele não ficou preso. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e poderá ser condenado a 25 anos de prisão. A pena poderá ser aumentada pelo elevado número de vítimas.
Segundo a polícia, o caso não foi divulgado por correr em segredo de Justiça e pela sensibilidade do tema. O inquérito poderá ser reaberto se surgirem novas vítimas. As autoridades estão pedindo para que outras possíveis vítimas denunciem os abusos.