ONU sabe do dossiê antifascita e Brasil pode entrar em lista com ditaduras

Brasil pode integrar lista de países soob regime ditatorial que intimidam e perseguem opositores do governo

Evento na sede da ONU
Foto: UN Photo/Kim Haughton
Evento na sede da ONU


dossiê produzido pelo Ministério da Justiça para monitorar cerca de 600 servidores públicos opositores do governo federal e alinhados aos movimentos antifascismo chegou aos relatores da ONU (Organização das Nações Unidas), que deverão analisar a conduta dos responsáveis pela pasta.


O Brasil pode passar a integrar uma lista de governos que promovem intimidações a ativistas, professores, jornalistas ou qualquer cidadão que colabora com o sistema internacional. Fazem parte desse grupo ditaduras e regimes repressivos ao redor do mundo, como Venezuela, China, Egito, Irã e Arábia Saudita, Hungria, além de casos na Argélia, Israel e Iemen. 

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O Itamaraty ainda não se posicionou sobre ter entrado no radar das Nações Unidas por condutas antidemocráticas e intimidadoras. As informações chegaram a ONU de maneira discreta. As pessoas que fizeram a denúncia temem represálias do governo brasileiro .

Relatores especiais de direitos humanos da ONU estão cientes do comportamento do governo Bolsonaro e a cúpula da organização já está atenta. Os relatores devem enviar uma carta oficial para as autoridades brasileiras cobrando esclarecimentos. Essa medida funciona como um alerta de que o governo está sendo acompanhado e tem o objetivo de pressionar os governantes a evitarem novos excessos.

Depois de alguns meses, a carta é tornada pública e circula entre os governos membros da ONU, com o intuito de constranger o país que promoveu intimidações. O país também passa a integrar um informe anual  da secretaria-geral que lista os países que intimidaram cidadãos opositores e ativistas. 

Em junho, relatores da ONU alertaram países sobreo erro de classificar grupos antifascistas como terroristas. Mas os Estados Unidos e o Brasil seguiram vilanizando o antifascismo,  como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que chamou as pessoas desse movimento de "marginais" e "terroristas".