Prefeito de BH diz que "acha difícil" retorno de aulas presenciais sem vacina

Segundo Alexandre Kalil, aulas presenciais deverão retornar após imunização da população; redes particular e pública devem voltar juntas

Alexandre Kalil afirmou ainda que as aulas remotas são 'agressão à pobreza'
Foto: Divulgação
Alexandre Kalil afirmou ainda que as aulas remotas são 'agressão à pobreza'


Nesta terça-feira (11), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) comunicou que as aulas presenciais não devem retornar em Belo Horizonte até que uma  vacina se mostra segura e eficaz contra a Covid-19. O prefeito informou ainda que rede pública e particular devem voltar a operar no mesmo período.


“Aula em Belo Horizonte só retornará juntas e creio que, quem tem filho em casa, a última coisa que quer é mandar o filho para o meio de uma guerra”, disse. “ E acho muito difícil aula sem vacina em Belo Horizonte ”, acrescentou.

Você viu?

Segundo Kalil, o motivo do retorno sincronizado é evitar que haja aumento da desigualdade social na capital mineira. À Rádio CBN, ele se referiu às aulas on-line como “agressão à pobreza”.

"Aula remota é uma humilhação a quem é mais pobre. [...] O pobre é um cara que não teve oportunidade e na hora que você abrir a escola particular, você vai abrir um abismo gigantesco entre a pobreza e a riqueza e esse abismo na minha cidade eu não vou abrir”, expressou o prefeito.

A capital de Minas Gerais está sem aulas desde o dia 18 de março, quando as atividades foram interrompidas. Todo estado passa por uma alta da Covid-19.

No Brasil, estão sendo testadas atualmente a vacina de Oxford , da AstraZeneca, que está na Fase 3 e será desenvolvida em parceria com o Brasil; e a candidata da chinesa Sinovac Biotech , em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A previsão é de que uma vacina possa se mostrar eficaz até o início do próximo ano.