Estudante picado por naja é multado em R$ 61 mil pelo IBAMA

Os pais do universitário também foram penalizados, em R$ 8,5 mil cada um

Naja, que picou o estudante, foi resgatada
Foto: Divulgação
Naja, que picou o estudante, foi resgatada


Após ser liberado do hospital e ir para casa, o estudante de medicina veterinária Pedro Krambeck, 22 anos, picado por uma naja e acusado de criar animais exóticos, foi multado em R$ 61 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por não ter qualquer tipo de autorização para criar os bichos.


Os pais do rapaz também foram  multados em R$ 8,5 mil cada . Eles prestaram depoimento nesta quinta-feira (16/7), na 14ª Delegacia de Polícia (Gama).

Pedro é acusado de crimes como: dificultar a ação dos fiscais, maus-tratos e manter animais nativos e exóticos sem autorização. Já pai e mãe foram penalizados por terem dificultado a ação de resgate.

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Embora o Brasil proíba a criação desses animais, Lehmkul mantinha uma naja de cerca de 1,5 metro em sua casa, no Guará II. Picado pela cobra no último dia 7, ele socorrido às pressas e passou quase uma semana internado em um hospital particular do Gama (região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília), em coma induzido.

Desdobramentos

Nesta segunda-feira (13), o estudante recebeu alta médica . Seu tratamento exigiu que o Instituto Butantan remetesse de São Paulo para Brasília o soro antiofídico que tinha armazenado para o caso de um de seus pesquisadores que estudam a naja ser picado.

Após o incidente, agentes do Batalhão da Polícia Militar Ambiental encontraram a naja dentro de uma caixa abandonada na região central de Brasília. O animal foi então entregue ao Ibama, que o repassou para o Zoológico de Brasília .

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar como o animal foi trazido ao Brasil, onde era mantido ilegalmente. O estudante é aguardado para prestar depoimento. Os mandados de busca e apreensão cumpridos hoje tinham como alvo endereços ligados a Pedro Henrique e a amigos do jovem. O coronel da Polícia Militar Eduardo Condi, padrasto do estudante, é um dos alvos da investigação, suspeito de ter ajudado o enteado a ocultar provas.