No dia da morte da criança, Sari foi presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e liberada após o pagar fiança de R$ 20 mil
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No dia da morte da criança, Sari foi presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e liberada após o pagar fiança de R$ 20 mil


Sari Corte Real virou ré e tem dez dias para responder à acusação de abandono de incapaz com resultado em morte no caso Miguel. A primeira-dama de Tamandaré (PE) estava responsável pelo menino de 5 anos, filho de sua ex-empregada, quando ele caiu do 9º andar de um prédio de luxo em Recife.


Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE), o crime de Sari se agrava por ter sido contra uma criança durante situação de calamidade pública, a pandemia de Covid-19. O inquérito foi recebido na noite desta terça-feira (14) pelo juiz José Renato Bizerra, da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital.

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O caso aconteceu no dia 2 de junho, quando Mirtes Souza deixou seu filho, Miguel Otávio, com sua ex-patroa, Sari Corte Real, enquanto passeava os cachorros da primeira-dama. Miguel caiu de uma altura de 35 metros.

Na decisão, o juiz considerou que Sari a ssumiu o papel de "garantidor" sobre Miguel pelo tempo em que a mãe dele estava ausente. O magistrado também aponta "indícios de autoria e materialidade do delito".

Bizerra ordenou a citação de Sari, com cópia da denúncia. O prazo de dez dias se refere à apresentação de respostas por escrito, onde Sari poderá alegar tudo o que interessa a sua defesa, oferecer documentos, especificar provas pretendidas e arrolar testemunhas.

Em entrevista recente ao "Fantástico", da TV Globo, Sari disse que errou ao não desconfiar do perigo de deixar o menino sozinho em um elevador. "Eu não achei que seria essa tragédia. Eu acreditei que ele voltaria para o andar, que ele voltaria para o quinto andar, até porque ele sabia o número, eu acreditei que ele voltaria para o andar", disse Sari, que acrescentou que "acho que o meu erro foi fazer igual a eu fazia com o meu filho, de achar que o elevador é seguro".

No dia da morte da criança, Sari foi presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e liberada após o pagar fiança de R$ 20 mil. Ela diz que cumprirá a decisão da Justiça sobre o caso, e acredita que não pode ser julgada por Mirtes ou pela população por causa da tragédia.

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