Mourão defende aproximação do governo com partidos do centrão
General classificou como um 'avanço' a aproximação recente do governo com o partidos de 'centrão' no Congresso Nacional
Por Agência Brasil | | Pedro Rafael Vilela |
O vice-presidente Hamilton Mourão classificou como um avanço a aproximação recente do governo com os partidos de centro no Congresso Nacional, que podem garantir a construção de uma base legislativa para aprovação de projetos de interesse do Executivo.
"O presidente [Bolsonaro] já compreendeu, desde há algum tempo, que em qualquer presidencialismo você precisa ter uma base dentro do Congresso. Se não tiver uma base, você dificilmente consegue aprovar aquilo que são seus projetos mais importantes. A aproximação com os partidos de centro, que são, vamos dizer, a base do equilíbrio de poder dentro do Legislativo, é uma aproximação que eu considero sadia, correta e a partir daí começou-se a melhorar esse relacionamento, que tinha se deteriorado um pouco em meio à pandemia, que foi muito politizada", disse Mourão, durante um debate virtual transmitido pela Genial Investimentos nas redes sociais.
O vice-presidente também defendeu a retomada do debate sobre a recriação de uma nova CPMF, que seria um imposto sobre transações financeiras. O tema enfrenta resistência do presidente Jair Bolsonaro.
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"Eu acho que tem que ser discutido. O presidente é contra, ele não quer jogar esse assunto na mesa por causa da memória antiga da CPMF, mas a gente sabe que o nosso sistema tributário é complicado. Mais cedo ou mais tarde, essa discussão vai ter que ser colocada na mesa", afirmou.
Mourão também citou que a reforma administrativa está pronta para ser encaminhada ao Congresso, mas que só deve ser mesmo apresentada após a volta dos trabalhos presenciais no Legislativo. A medida, elaborada pelo Ministério da Economia, pretende alterar os direitos dos futuros servidores federais, e inclu a revisão dos salários iniciais, a redução no número de carreiras e o aumento no prazo para o servidor atingir a estabilidade.
"O Congresso está se reunindo de forma virtual e ela é uma reforma que precisa de uma discussão bem encorpada. Acho qe ela só deve ser reapresentada na hora que o Legislativo voltar a trabalhar de forma presencial", afirmou o vice-presidente.